O silêncio perturba e muito.
Ano após ano tenho que enfrentar a ausência do meu filho durante um longo e sofrido mês. Este ano calhou o mês de Agosto. Lá me despedi dele e vi-o mais uma vez a partir animado para mais umas férias com o pai. Compreendo, pai é pai, tal como mãe é mãe, mas um mês... é sempre muito doloroso. Mais uma vez a casa parece vazia, a alegria e vontade de viver desaparece durante estes longos 31 dias, a meta ainda está longe, muito longe, a dor e sofrimento parece não ter fim, as lágrimas ateimam em percorrer a minha face, tento me distrair mas está cada vez mais dificil. Pensei que com o passar dos anos não me iria custar tanto, mas enganei-me. A dor é igual de ano para ano... Volta depressa!!
Sinto falta do teu sorriso, começo a perder as forças... Preciso de ti, meu anjo...
Amo-te muito filhote
5 comentários:
O tempo passa demasiado depressa para quem está feliz e demasiado lento para quem espera... para quem sente saudade é uma eternidade...
Já tá quase miga... ele volta em breve.
Acabei de conhecer o teu cantinho e este post marcou-me...
Sentir o teu sofrimento entristeceu-me o coração, imagino o que estas a sentir apesar de não ter a noção exacta do que sentes...
Tal como a Sunshine disse, o pior já passou agora entra em contagem decrescente.
Sem ter a mínima noção da relação entre o pai e o filho e correndo o risco de ser muito injusto tenta colocar-te na pele do pai. Ele pode passar o ano todo a contar os dias para poder estar com o seu filhote mais do que um ou dois dias...
Digo isto porque sou homem e era certamente isso que sentia se estivesse na posição dele...
Um grande beijinho
Amigo Luis Sardinha, calculo que a dor que o pai passa no seu dia a dia deve ser enorme, penso... Mas sei também que ele é que optou por ser um pai ausente, eu lutei para que o meu filho estivesse em contacto com o pai, não está tanto como eu gostava que estivesse mas são situações da vida e como tal eu tento compensar essa falta...
Sei e tenho consciência da falta que a figura "pai" causa no crescimento de uma criança, quero acima de tudo o bem estar do meu filho, desejo vê-lo equilibrado, para isso tenho que passar por muitos sacrificios, mas no fundo sei que meu filho também sofre... Ele ama o pai, sem dúvida alguma e o pai a ele (nunca coloquei isso em questão) mas no meu ver o pai podia ao menos esforçar-se um pouco mais, talvez participar um pouco mais no desenvolvimento do filho, participar nas actividades e nunca o fez, nem se preocupa o minimo com isso.
Estes dias custam, mas sei que é por uma boa causa. Tudo em nome do amor =)
Sabes...
Ninguém é perfeito...
sei o que dizes ....sei o que sentes!
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